terça-feira, 30 de junho de 2020

As 7 melhores dicas para juntar dinheiro rápido

Saber como juntar dinheiro rápido é o desejo de muitas pessoas que já perceberam a necessidade desse processo. A princípio, a primeira ideia pode ser para adquirir um bem, seja um carro, casa ou mesmo fazer uma viagem. 

No entanto, juntar dinheiro também é o pontapé inicial para entrar no mundo dos investimentos. Afinal, o planejamento financeiro é uma das bases de bons investidores, ou seja, de quem tem a preocupação de acumular seu capital e fazer seu patrimônio crescer. 

7 dicas práticas para juntar dinheiro rápido 

É muito comum encontrarmos dicas surreais, de especialistas que, muitas vezes, não compartilham a mesma realidade da maioria das pessoas. Por isso, é comum muita gente desanimar, principalmente, por acreditar que juntar dinheiro só é possível quando você tem muito. 

Assim, a primeira coisa que precisamos deixar claro é que é possível juntar dinheiro rápido, mesmo que seja um pouco por mês ou por um o período que for adequado à sua realidade. 

Dito isso, a seguir você confere 7 dicas práticas, para que você comece agora mesmo a juntar dinheiro rápido e fique mais perto de conquistar o objetivo. 

1. Estabeleça seu objetivo

Como falamos sobre o objetivo, esse processo é a primeira tarefa para que você consiga juntar dinheiro.

Definir um objetivo financeiro, com um motivo bem estabelecido e um planejamento adequado, é fundamental para que você consiga guardar dinheiro. Afinal, todas as vezes que você pensar em gastar mais do que deve ou mesmo pegar esse dinheiro para outras coisas, você deve lembrar esse item. 

Normalmente, o principal motivo que leva as pessoas ao processo de juntar dinheiro é a conquista de um objetivo. Portanto, tenha em mente quanto você precisa juntar, assim, será mais fácil encontrar onde você pode economizar. 

2. Controle o seus gastos

Não há como falarmos de juntar dinheiro rápido sem que você controle seus gastos. O princípio básico é bem simples: você não pode gastar mais do que recebe. 

Para isso, é necessário que você conheça suas despesas fixas, seus gastos avulsos e, sobretudo, as suas fontes de receitas. 

Na hora de colocar na ponta do lápis, você só consegue juntar dinheiro se os gastos forem menores do que o tanto que você ganha. 

Para que essa dica se torne mais fácil, a próxima é de muita ajuda. 

3. Conte com uma planilha financeira

Quando falamos em controle de gastos, uma planilha financeira é uma das melhores formas de fazer esse gerenciamento.

Uma boa planilha de gastos, além de proporcionar que você tenha uma visão geral da sua receita e das suas despesas mensais ou anuais, ela ainda te ajuda a entender quais são as contas que podem ser cortadas ou reduzidas. 

Para montar uma boa planilha financeira realmente, você deve colocar diariamente, ou semanalmente, dados como:

  • renda (salários e outros ganhos);
  • gastos essenciais (aqueles você precisa para sobreviver);
  • gastos avulsos (supermercado, aplicativos de comida, lazer);

 Além disso, para que você tenha uma visão ainda melhor, o ideal é dividir seus gastos em categorias. Alguns exemplos são:

  • moradia: aluguel, contas de água, luz, gás, internet, telefone;
  • alimentação; 
  • transporte: gasolina, seguro de carro, revisao, passagens; 
  • saúde: convênio médico, academia, remédios;
  • gastos pessoais: roupas, acessórios;
  • lazer: todos gastos que servem para o seu bem-estar. 

4. Determine um valor fixo para juntar todo mês

Uma prática muito recomendada e eficiente é definir uma quantia mensal para você juntar. Inclusive, é interessante colocá-la em sua planilha financeira, como um gasto que você tem todo mês. 

Essa quantia depende da sua condição, do seu planejamento e do seu objetivo. No entanto, é importante que você cumpra com essa meta e, sempre que possível, tente juntar mais do que esperava. Assim, ficará mais perto do resultado que espera. 

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5. Mude sua rotina

Se o objetivo é juntar dinheiro rápido, será preciso mudar algumas rotinas, principalmente aquelas que levam você a consumir por impulso e a gastar mais do que deve. 

Assim, reveja seu consumo de itens que podem ser substituídos por opções mais baratas. Quer ver um bom exemplo? Muitas pessoas deixam de almoçar em restaurantes e começam a levar sua própria comida.

Além disso, é interessante rever também gastos com aplicativos de comida e de transporte. As vezes, pensamos que são alternativas mais baratas, mas no fim do mês representam grande parte das despesas. 

6. Envolva as pessoas próximas a você

Mudar uma rotina de gastos e consumo compulsivo será muito difícil se você tiver pessoas que te estimulem a este comportamento. Por isso, para alcançar o objetivo de juntar dinheiro rápido, é importante que você envolva as pessoas próximas. 

Se o objetivo for de toda a sua família, cada pessoa deve ter suas metas de economias e de controle de gastos. Além disso, há também a necessidade de colaboração, assim toda a casa passa a andar na mesma direção.

Se você mora sozinho e precisa juntar dinheiro rápido, a dica é para falar com seus amigos sobre esse objetivo e fazer com que eles sintam envolvidos. Sabe aquele happy hour no bar mais caro da cidade, ele pode ser trocado por uma confraternização em casa, por exemplo. 

7. Escolha uma boa forma para guardar esse dinheiro

Não basta juntar o dinheiro e deixar dentro da gaveta ou mesmo na sua conta bancária. Além do risco de você cair em tentação ao ver o dinheiro parado ali, ele também será valorizado. 

Por isso, você deve encontrar um investimento para fazer que o seu dinheiro trabalhe por você. Assim, enquanto você está lutando para economizar mais, você garante que a quantia que você já juntou está rendendo.

Para isso, você deve encontrar um tipo de investimento que combina com o seu planejamento, levando em consideração o tempo, a quantia e também os riscos que você está disposto a correr. 

Para que essa busca seja ainda mais fácil, conte com uma consultoria de investimentos. Afinal, as chances de você encontrar uma aplicação mais condizente com o seu perfil são maiores quando você tem ajuda de especialistas. 

Como você viu, antigamente, muita gente procurava a poupança como forma de juntar dinheiro rápido. No entanto, a rentabilidade da caderneta é pequena, o que prejudica a valorização do seu dinheiro. Faça análise do seu investimentos e veja as formas de aplicar melhor seu capital. 

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O que é a rentabilidade e lucratividade de um investimento?

biblioteca financeira

A primeira coisa que qualquer pessoa que deseja começar a investir pergunta ao encontrar um ativo é qual a rentabilidade desse investimento. É uma questão lógica, afinal, procuramos essas aplicações como forma de valorizar nosso capital, ou seja, obter rendimentos. 

No entanto, no mercado financeiro a rentabilidade nem sempre é tão lógica assim. Entender quanto um ativo, título ou ação pode render é um cálculo que, às vezes, envolve outros fatores, principalmente quando olhamos para a renda variável. 

Isso não quer dizer que é impossível. Depois de ler esse post, você será capaz de entender melhor a rentabilidade de seus investimentos e sentir mais segurança quando for fazer as próximas escolhas. 

O que é rentabilidade?

Quando falamos sobre a rentabilidade de um investimento, estamos falando sobre o retorno que você terá de acordo com o que foi aplicado. De uma forma bem simples, podemos dizer que esse percentual corresponde à diferença entre o que você investiu e o que resgatou. 

Quer ver um exemplo bem simples? Imagine que você aplicou R$ 100,00 em ativo. Com o tempo, o mesmo ativo estava sendo negociado a R$ 105,00 e você resolveu resgatar esse capital. 

Nesse caso, a rentabilidade foi de 5%, afinal, seu ativo rendeu R$ 5,00. Geralmente, a rentabilidade de um investimento é apresentada em porcentagem. 

Qual a diferença entre rentabilidade nominal e rentabilidade real?

Nos investimentos, podemos dividir a rentabilidade em dois tipos: real e nominal. 

Rentabilidade real

Rentabilidade real a rentabilidade de um investimento descontada a inflação do período. Para exemplificar, vamos imaginar que você tenha feito um investimento com rendimento de 10% ao longo de um ano.

Se no mesmo período de tempo, a taxa de inflação foi  6%, na prática a rentabilidade real do seu investimento foi de 3,77% .

Rentabilidade nominal

A rentabilidade é o retorno bruto do seu investimento. Ainda no caso acima, podemos dizer que essa porcentagem foi de 10%. 

É sempre interessante lembrar que o cálculo da rentabilidade real não é simplesmente a redução da inflação. Para chegar nesse resultado, no caso acima de 3,77%, é preciso utilizar a seguinte fórmula:

Rentabilidade Real = (1 + Rentabilidade Nominal) / (1 + Inflação) – 1

No entanto, ainda com essa definição de rentabilidade real, muitas pessoas confundem esse conceito com a lucratividade de um investimento. Para isso, a seguir, vamos abordar a diferença entre rentabilidade e lucratividade. 

Qual a diferença entre rentabilidade e lucratividade?

Assim como o nome sugere, lucratividade é o percentual que você ganha com um investimento, descontando todas as taxas, impostos e a própria inflação. 

Assim, para você saber a lucratividade que teve em um investimento, basta pegar o valor que investiu e subtrair pelo total que obteve após o pagamento de todas as taxas e impostos. 

Adiante, você vai ver uma fórmula bem simples para calcular essa lucratividade. 

Como calcular a rentabilidade e a lucratividade de um investimento?

Como falamos, a rentabilidade é o percentual que você vai obter na hora de resgatar seu investimento. Assim, definimos que para saber a rentabilidade real é preciso levar em conta também a lucratividade nominal e a inflação no período. 

Agora, para saber a lucratividade de um investimento, é preciso considerar alguns elementos como: 

  • Impostos: alguns investimentos possuem dedução de tributos, como o Imposto de Renda.
  • Inflação: para entender a rentabilidade é preciso saber como foi a inflação no período analisado.  
  • Taxas: alguns investimentos envolvem taxas de corretoras ou de custódia.

Após analisar essas variáveis e encontrar esses números, você pode utilizar a seguinte fórmula para entender a lucratividade de um investimento:

(Rendimento – impostos, inflação e taxas) x 100 ÷ Valor Investido = lucratividade

análise de investimentos

Como observar a rentabilidade dos investimentos?

Quando você olha para o mercado de capitais, a rentabilidade dos investimentos é apresentada comparada a alguns indicadores importantes da economia brasileira. 

Na renda variável, normalmente, essa rentabilidade é comparada ao Ibovespa. Já na renda fixa, a rentabilidade é relacionado com o CDI. Entenda os detalhes desses dois elementos a seguir:

Ibovespa

O Ibovespa é o principal indicador da Bolsa de Valores do Brasil. Ele é a forma de resumir em um só número o comportamento geral dos principais papéis negociados na casa. 

O Ibov funciona como uma carteira teórica, composta pelas ações mais negociadas e mais importantes para o mercado. Dessa forma, uma boa forma de analisar a rentabilidade é comparar à variação desse indicador. 

Na prática, se uma ação valorizou 10% ao mês, enquanto o Ibovespa apenas 7%, significa que a rentabilidade desse ativo está acima da média. 

CDI

O Certificado de Depósito Interbancário, ou simplesmente CDI, é o nome dado à taxa gerada a partir das transações de empréstimos que acontecem diariamente entre instituições bancárias. 

Assim, ao realizar essas transações, essas instituições definem a taxa de negociação desses títulos. Só que, além de basear esses empréstimos, essa taxa também é utilizada como base para diversos produtos de renda fixa.

Portanto, quando você procurar um título de renda fixa, geralmente, a rentabilidade dele é estabelecido a partir do CDI. Como por exemplo um CDB com rentabilidade de 100% do CDI.

Quais são os tipos de rentabilidade dos títulos de renda fixa?

Por fim, já que falamos sobre a renda fixa, é importante esclarecer a rentabilidade desses títulos, sobretudo os vinculados ao Tesouro Nacional. 

  • Título de renda fixa com rentabilidade prefixada: é o título que você investe sabendo exatamente qual será o rentabilidade, ou seja, não há risco de qualquer alteração. 
  • Título de renda fixa com rentabilidade relacionada à Selic: a rentabilidade depende da variação da taxa Selic, quanto maior ela estiver, maiores serão seus retornos. 
  • Títulos híbridos: possuem uma parte da rentabilidade variável, atrelada a um indicador financeiro, como o IPCA ou o IGP-M, e uma parte de rentabilidade fixa definida no momento da aquisição.

Agora que você entendeu como funciona a rentabilidade nos investimentos, viu que existem alguns complicadores nesse processo não é mesmo? A boa notícia é que você não precisa se preocupar com isso, conheça a consultoria de investimentos da Magnetis e veja como podemos te ajudar a encontrar a melhor alternativa para você investir. 

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Radar do Mercado: Tupy (TUPY3) divulga resultados do 1T20

Na segunda-feira (29/06), a Tupy divulgou seus resultados para o primeiro trimestre de 2020 e, logo na primeira frase do documento, ressaltou um “forte crescimento do resultado operacional, apesar de queda dos volumes”.

Quando analisamos o volume de vendas da companhia, percebemos uma queda de 24,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Inevitavelmente, a queda foi ocasionada pela redução dos pedidos de clientes no Brasil e de fora por causa da pandemia.

Com isso, as receitas da Tupy tiveram uma queda de 14,7% no 1T20, alcançando R$ 1.092,6 milhões.

No trimestre, o Lucro Bruto foi de R$ 192,6 milhões, contra R$ 171 milhões no 1T19. Tal crescimento em termos percentuais foi de 12,6% e, quando analisamos a margem, houve também crescimento, de 4,2 p.p.

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Nesse sentido, o Lucro Operacional foi de R$ 65,4 milhões, um aumento de 38,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao EBITDA, houve um avanço de 20,2% ao atingir R$ 164,6 milhões nesse trimestre.

Apesar de os resultados operacionais terem sido positivos, o mesmo não aconteceu com o Lucro Líquido. Enquanto no 1T19 o Lucro Líquido auferido foi de R$ 80,44 milhões, no 1T20 o resultado foi um prejuízo de R$ 207,51 milhões.

De acordo com a companhia, três fatores influenciaram fortemente o seu resultado final: o impairment de ativos intangíveis, a marcação a mercado de instrumentos derivativos utilizados no cálculo de créditos da Eletrobrás e operações de hedge e a variação cambial sobre impostos diferidos das operações no México, sem efeito caixa.

Por fim, a companhia destacou a sua elevada posição de caixa de R$ 1.365 milhões, um aumento de cerca de R$ 525 milhões em comparação ao 4T19. Tal aumento se deu pela captação de empréstimos bancários e teve influência da variação cambial sobre o caixa em moeda estrangeira.


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Morning Call: Déficit Primário, Ibovespa, Remdesivir, Balanço orçamentário, Fed – EUA, Petróleo – EUA, Confiança do Consumidor EUA e Zona do Euro

“Os contos de fadas são mais do que verdadeiros: não porque nos dizem que os dragões existem, mas porque nos dizem que os dragões podem ser derrotados.” – Neil Gaiman

Gráfico do dia

E se os Estados fossem países?

O que aconteceu nas últimas 24 horas?

Déficit Primário

Em maio, o déficit primário para o governo central, formado pelo Tesouro, Banco Central e Previdência Social, foi de R$ 126,6 bilhões.

  • No mesmo período de 2019, as contas ficaram negativas em R$ 14,74 bilhões.
  • O valor recorde em maio pode ser explicado pela redução significativa na arrecadação e pelo aumento das despesas com medidas de combate à crise.
  • O resultado auferido no mês é reflexo de um déficit de R$ 72,24 bilhões do Tesouro, R$ 54,32 bilhões da Previdência Social e R$ 45 milhões do Banco Central.
  • No acumulado do ano, o governo central registra um déficit de R$ 222,47 bilhões.

Ibovespa

Após perdas significativas no último pregão, o Ibovespa fechou a segunda-feira (29/06) em alta e acompanhou o movimento das bolsas internacionais.

  • Apesar da cautela dos investidores com o aumento do número de casos de coronavírus nos Estados Unidos, o tom positivo veio com dados econômicos acima das expectativas.
  • Com isso, o índice anotou uma alta de 2,03% e fechou o dia aos 95.735 pontos.
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Remdesivir

Na segunda-feira (29/06), a Gilead Sciences informou os preços para o tratamento com o antiviral Remdesivir, para combater o COVID-19.

  • Segundo a farmacêutica, os pacientes recebem duas doses de Remdesivir no primeiro dia de tratamento e uma dose diária depois, sendo que o tratamento mais curto dura 5 dias e o mais longo 10 dias.
  • Assim, para os que têm seguro de saúde particular nos EUA, o valor será de US$ 520 por dose.
  • Para os participantes dos programas de saúde do governo americano e para outros governos, o valor cobrado será de US$ 390 por dose.

Receita de publicidade de companhias/plataformas de mídias sociais em 2019

O que você deve saber hoje

Balanço orçamentário

O Ministério da Fazenda vai liberar a demonstração do balanço orçamentário.

O documento é a demonstração contábil pública que discrimina o saldo das contas de despesas e receitas orçamentárias, comparando as parcelas previstas e fixadas com as executadas.

  • A última divulgação, realizada em maio (referente à abril), foi de R$115,8 bilhões negativos.

Fed – Estados Unidos

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deve depor perante o Joint Economic Committee (Comitê Econômico Conjunto) hoje.

  • O depoimento é dividido em duas partes: primeiramente, uma declaração preparada e, em seguida, o comitê conduz uma sessão de perguntas e respostas.
  • O mercado pode apresentar grande volatilidade durante a parte de perguntas e respostas do depoimento.
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Petróleo – Estados Unidos

O estoque de petróleo semanal do American Petroleum Institute (API) estará disponível para consulta hoje.

  • Os números evidenciam a quantidade de óleo armazenada e fornecem uma estimativa de quanto tempo os estoques atuais vão durar.
  • Os resultados impactam na demanda dos EUA por petróleo bruto.

Confiança do Consumidor EUA

O índice que mede a confiança do consumidor americano será divulgado hoje.

Ele é relevante porque mede o nível de confiança do indivíduo médio na atividade econômica.

  • Serve como referência para os gastos futuros dos cidadãos.
  • Valores maiores do que os esperados são considerados positivos para o Dólar.

Zona do Euro

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) preliminar anual para a Zona do Euro estará disponível para consulta hoje.

  • O indicador mede a evolução dos preços de bens e serviços, sendo referência para a inflação e para as tendências de compra.


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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Radar do Mercado: IRB Brasil (IRBR3) comunica sobre investigação

Na sexta-feira (26/06), o IRB Brasil Resseguros informou que foi concluída a investigação independente realizada pela KPMG Assessores Ltda. e Felsberg Advogados em relação à divulgação de informações sobre a sua base acionária.

A investigação tinha como objetivo identificar os responsáveis por dar falsas informações sobre uma possível participação da Berkshire Hathaway na resseguradora. Com a conclusão do processo, a companhia identificou os autores e afirmou que o ato foi cometido em caráter irregular, fora de seus mandatos e de seus poderes regulares de gestão.

Além disso, no mesmo comunicado, a resseguradora detectou outras irregularidades por meio de apurações internas.

O primeiro ponto destacado foi a existência de irregularidades no pagamento de supostos bônus a ex-Diretor e outros colaboradores da companhia e suas controladas. O montante identificado chega a aproximadamente R$ 60 milhões.

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Outro ponto destacado faz menção ao programa de recompra de ações da companhia. Foi verificado que, em fevereiro e março de 2020, 2,85 milhões de ações do IRB foram adquiridas além da quantidade autorizada pelo Conselho de Administração.

Com isso, a companhia ressaltou que “Os responsáveis primários já identificados por todas estas irregularidades apuradas não integram mais os quadros da Companhia.”

De acordo com o IRB, as conclusões das apurações indicadas foram apresentadas ao Ministério Público Federal, à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Superintendência de Seguros Privados – Susep.

Adicionalmente, a empresa destacou que vai colaborar com outras investigações e tomará as providências para “se ressarcir de todos os prejuízos que lhe foram causados por condutas irregulares cometidas pelos indivíduos envolvidos.”

Por fim, a companhia ressaltou que pretende atuar para aperfeiçoar os pontos de atenção identificados na investigação, assim como aprimorar seus mecanismos de compliance, integridade corporativa, governança e controles internos com base nos fatos apurados.


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Morning Call: Coronavírus, Ibovespa e Dólar, União Europeia, Focus, IGP-M, Taxa de desemprego e Emprego

“Não se trata de ser melhor do que os outros. O seu objetivo é ser uma versão melhor de si mesmo e inspirar os outros a ser uma versão melhor de si mesmos.” – Thibaut

Gráfico do dia

Demanda global do ouro em 2019

O que aconteceu nas últimas 24 horas?

Coronavírus

No domingo (28/06), o número de pessoas diagnosticadas com COVID-19 no mundo ultrapassou a marca de 10 milhões e o número de mortes já passa de 500 mil.

  • Os dados são da Universidade Johns Hopkins, que acompanha a evolução da doença no mundo.
  • Os Estados Unidos lideram o ranking de número de infecções e de vítimas fatais. O Brasil aparece em segundo lugar nas duas listas.
  • De acordo com o levantamento do consórcio de veículos de imprensa junto às Secretarias de Saúde feito até às 13h de domingo (28/06), o Brasil contabiliza 57.174 mortes pela doença e mais de 1,32 milhão de casos confirmados.

Ibovespa e Dólar

O Ibovespa e o Dólar reagiram, na sexta-feira (26/06), refletindo os temores sobre o aumento de casos de coronavírus nos Estados Unidos.

  • Com isso, o Dólar apresentou uma alta de 2,58% e encerrou o dia cotado a R$ 5,465.
  • Já o Ibovespa teve queda de 2,24% e fechou o dia aos 93.834 pontos.
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União Europeia

No sábado (27/06), a União Europeia divulgou uma lista com 14 países para os quais o grupo abrirá suas fronteiras a partir de 1º de julho.

  • A lista não contempla o Brasil, devido à situação atual da pandemia no país.
  • Para a elaboração da lista, foram considerados aspectos como a curva de contágio no país, o número de novas contaminações, a capacidade de testes e as regras de prevenção em vigor.
  • Assim, a lista é composta por Argélia, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Geórgia, Japão, Marrocos, Montenegro, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Tailândia, Tunísia e Uruguai.
  • Por outro lado, Brasil, EUA, Rússia, Arábia Saudita e Turquia foram classificados como situação preocupante.
  • Em relação à China, a permissão será dada nos países em que os residentes também tenham a entrada autorizada na nação asiática.

Wirecard: de estrela do mercado acionário ao escândalo

O que você deve saber hoje

Focus

O Boletim Focus será divulgado hoje.

O relatório apresenta o resultado de pesquisas e projeções de cerca de 130 bancos.

  • Os resultados abrangem inflação (IPCA), PIB, taxa de câmbio e meta Selic e fornecem perspectivas futuras ao investidor.

IGP-M

O IGP-M (mensal) estará disponível para consulta hoje.

  • O último valor, divulgado em maio, apontava uma variação de 0,28% no indicador.
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Taxa de desemprego

A atual taxa de desemprego brasileira será divulgada.

  • A taxa indica a porcentagem da força de trabalho total que está desempregada e procura ativamente por emprego.
  • Os resultados passados, divulgados em maio, foram de 12,6%.

Emprego

O Índice de Evolução de Emprego do CAGED estará disponível hoje.

  • Ele tem o objetivo de acompanhar a evolução do emprego formal no Brasil.
  • É baseado em informações dos setores econômicos do IBGE, classificadas por estados da Federação, principais regiões metropolitanas e municípios com mais de 10.000 habitantes para o estado de São Paulo e 30.000 habitantes para os demais estados.


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LCA: saiba como funciona uma Letra de Crédito do Agronegócio

Ao procurar por investimentos de renda fixa mais rentáveis, muitos investidores acabam se deparando com a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). Afinal de contas, esse investimento oferece, em diversos casos, uma rentabilidade mais favorável em relação a outros ativos de renda fixa.

Isso acontece pelo fato da LCA possuir a isenção de imposto de renda (IR) sobre os rendimentos, o que não acontece com a maior parte dos ativos de renda fixa. Contudo, além dessa isenção, é preciso que o investidor também conheça outras características dessa letra de crédito, bem como as suas vantagens e desvantagens.

O que é LCA?

A LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é um título de renda fixa de crédito privado que, como a próprio nome diz, está ligado ao setor do agrário. Por isso, é possível dizer que o recurso do investidor que investe numa LCA está sendo utilizado para financiar a atividade do agronegócio.

Vale destacar que esse tipo de investimento, em letra de crédito, é considerado por muitos investidores como mais seguro. Afinal de contas, o valor capital investido não oscila, ou seja, não sofre os efeitos da volatilidade.

Isso acontece porque, por ser um ativo de renda fixa, o rendimento da Letra de Crédito do Agronegócio é conhecido na hora da aplicação do investidor. Isto ao contrário dos ativos de renda variável, os quais são negociados na bolsa de valores e que variam de preço ao longo do tempo.

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Vale destacar, ainda, que a Letra de Crédito do Agronegócio é, na maioria das vezes, apresentada aos investidores em conjunto com a LCI. Sendo que esta é a sigla para a Letra de Crédito Imobiliário.

Contudo, destaca-se que tanto na LCA quanto na LCI, o recurso do investidor não é direcionado diretamente para um devedor do setor agrário ou do ramo imobiliário. Na verdade, esse capital é destinado a uma instituição financeira que, por sua vez, empresta o capital para seus clientes que atuam nesses negócios.

Portanto, para entender como essa triangulação acontece, é preciso que o investidor saiba como a LCA funciona. Assim, conhecerá o “caminho” do seu dinheiro e também quais riscos está correndo ao investir nesse tipo de investimento.

Como a LCA funciona?

Para entender como a LCA funciona, é preciso que o investidor de renda fixa entenda, em primeiro lugar, que ao aplicar em uma letra de crédito do agronegócio o seu recurso não está sendo diretamente direcionado para uma empresa do setor agro. Esta questão será importante, por exemplo, para definir o risco da aplicação.

Isso porque o recurso do investidor é, como foi dito, captado pelo emissor da letra de crédito, o qual pode ser um banco ou uma cooperativa de crédito. Sendo que essas instituições, por sua vez, são as responsáveis por emprestar o recurso para seus clientes.

Em outras palavras, a instituição financeira é a responsável por realizar a triangulação do recurso, recebendo, obviamente, uma taxa para isto. Funciona, por exemplo, assim:

  • Rentabilidade da LCA para o investidor: 0,5% ao mês;
  • Taxa do empréstimo para o cliente agrário: 1,5% ao mês;
  • Resultado do banco: 1,0% ao mês.

Nesta situação hipotética, a instituição financeira emissora da letra de crédito remunerou os investidores com uma taxa de 0,5% ao mês, mas emprestou o recurso desses aplicadores a uma taxa de 1,5% ao mês para seus clientes.

Portanto, o resultado para o banco foi equivalente a 1% ao mês sobre o recurso financiado. Sendo que esse é o retorno da instituição pela administração do recurso. Mas e se o cliente do setor agrário não devolver o recurso e se tornar inadimplente?


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Inadimplência na LCA

Ao entender o fato de que o recurso aplicado em uma letra de crédito do agronegócio está sendo emprestado para empresários do setor agrário que o investidor não conhece, muitos podem se preocupar com a possibilidade de inadimplência (falta de pagamento) na LCA. Afinal, nessa situação como o investidor recuperaria seu capital investido?

E, nesse sentido, é preciso destacar que o investidor não é diretamente impactado pela inadimplência dos clientes da instituição financeira que pegaram o recurso como empréstimo. Em outras palavras, a obrigação de remuneração ao investidor pela emissora não cessa com a inadimplência dos seus clientes.

Por isso, vale destacar que o risco de uma LCA é o risco da própria instituição financeira. Afinal, se o banco ou a cooperativa não conseguirem absorver as perdas dessa e de outras operações, então o investidor da LCA poderá ser afetado.

Não é à toa que as LCAs de bancos maiores, como os bancos de varejo, são menos arriscadas que as de instituições financeiras menores. Isto pelo fato de o risco desses bancos terem dificuldade de pagamento aos investidores é menor.

Tipos de LCA

LCA

Depois de entender como a letra de crédito do agronegócio funciona, é preciso que os investidores também saibam quais são os tipos de LCA. Isto é, os modelos de remuneração que esse investimento em renda fixa pode oferecer. São eles:

1. LCA pré-fixada

A LCA pré-fixada é uma modalidade da letra de crédito do agronegócio em que a remuneração do investidor é, como o próprio nome diz, pré-fixada no momento da aplicação. Isso significa que ao investir em uma LCA como essa, o indivíduo sabe exatamente qual o valor que irá receber no vencimento do título.

Afinal de contas, esse rendimento é pré-determinado e pode ser, por exemplo, de:

  • 5% ao ano;
  • 7% ao ano;
  • 10% ao ano.

Como pode ser observado, o juro desse tipo de LCA é pré-fixado em um determinado percentual que é apropriado sobre o capital investido, o qual vai sendo corrigido ao longo do tempo de investimento da letra de crédito. Ao final, no vencimento, o investidor receberá o valor com toda a correção considerando a taxa acordada.

Contudo, além desse tipo de LCA, no qual o investidor pode calcular exatamente qual será o valor recebido ao final, existem também outras modalidades dessa letra de crédito em que isso não acontece. Este é o caso da LCA pós-fixada e da LCA híbrida.

2. LCA pós-fixada

Como foi colocado, a LCA pós-fixada é um tipo remuneração em que o investidor não sabe exatamente o valor que irá receber no vencimento. Afinal, o juro nesta modalidade depende de algum indexador externo. Por exemplo, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Neste caso, a remuneração irá depender da variação do CDI no período, sendo esse o indexador eleito na letra de crédito. Assim, a taxa dessa aplicação seria demonstrada da seguinte maneira:

  • 100% do CDI;
  • 110% do CDI;
  • 122% do CDI.

Como pode ser observado, nas aplicações pós-fixadas o investidor recebe sempre uma remuneração que depende da variação de um indexador exógeno, ou seja, externo e independente. No exemplo acima, dependerá da variação do CDI.

Contudo, não é possível prever qual será, ao longo dos anos de uma aplicação em letra de crédito, qual será o CDI acumulado. Por isso, o investidor desse tipo de aplicação fica sempre à mercê da variação dessa indexador. Se ele subir, então a remuneração aumentará; e se cair, o rendimento será reduzido.

Apesar de parecer de certa forma arriscado, esse tipo de aplicação pós-fixada normalmente é mais segura. Por exemplo, imagine que a inflação suba muito durante o período de investimento na LCA, chegando aos 15% no ano.

Neste caso, se o investidor tivesse aplicado em uma LCA pré-fixada, a sua remuneração poderia ficar negativa em termos reais. Afinal, a taxa pré-fixada no momento poderia ter sido de 10% ao ano, sem que houvesse a probabilidade, na época, de a inflação atingir os 15%.

Contudo, caso o investimento tivesse sido realizado em uma LCA atrelada a algum indexador, esse risco não seria tão grande. Isto porque, quando a inflação sobe, o CDI tende a subir também (por conta da elevação da Taxa Selic nesses períodos de aumento de preços).

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3. LCA híbrida

Por fim, outra modalidade possível de remuneração do investidor de letra de crédito é a LCA híbrida. Como o próprio nome diz, o rendimento desse tipo de aplicação é híbrido. Isto porque ele depende de duas taxas: uma pré-fixada e outra pós-fixada.

Em outras palavras, há uma junção das duas primeiras modalidades de LCA. Sendo que o recurso aplicado terá um rendimento pré-fixado em determinada taxa acrescido da variação de um determinado indexador. Por exemplo:

Características da LCA

LCA

Além dos tipos de letras de crédito do agronegócio, existem também outras características da LCA. Sendo que o conhecimento delas é fundamental para aqueles investidores que tenham interesse de conhecer ou de investir nesse tipo de aplicação de renda fixa.

Portanto, algumas das principais características da LCA são:

1. Riscos da LCA

O primeiro ponto que deve ser observado diz respeito aos riscos da LCA. Afinal de contas, apesar de ser uma aplicação mais conservadora, de renda fixa, ainda assim esse investimento tem seus riscos.

Na verdade, todo investimento possui risco, sendo essa a essência do juro recebido pelo investidor. Neste sentido, ele abre mão do seu recurso de alguma forma, tomando risco, para receber, em contrapartida, uma remuneração por isso.

  • Quanto maior o risco da aplicação, maior a remuneração, e;
  • Quanto menor o risco da aplicação, menor a remuneração.

Com a LCA não é diferente. Contudo, vale destacar que o risco do investidor não está atrelado ao pagamento do cliente do agronegócio ao qual a instituição financeira emprestou o recurso dos investidores. Isso significa que mesmo se esse cliente não conseguir pagar o empréstimo, a instituição ainda assim deve honrar com o pagamento das LCAs.

Apesar disso, existe o risco dessa instituição financeira, por exemplo, não suportar as perdas com essa inadimplência (ou de outras) e não conseguir pagar os investidores de LCA. Então, quanto menor e menos sólida financeiramente a instituição emissora da LCA, maior o risco. E quanto maior a emissora e mais saudável financeiramente, menor esse risco.

É por isso que as LCA de grandes bancos de varejo possuem uma rentabilidade tão baixa. Afinal de contas, o risco de um desses bancos não conseguir pagar os investidores é muito pequeno.

Por outro lado, pequenos bancos e cooperativas de crédito possuem uma solidez financeira menor do que essas instituições de varejo. Por isso, o risco é maior e, consequentemente, a remuneração da LCA emitida também é maior.


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2. Tributação da LCA

Mais uma característica que faz com que esse investimento seja tão procurado é a questão da tributação da LCA. Isso porque, diferente da maior parte dos títulos de renda fixa, as letras de crédito do agronegócio possuem isenção de IR.

Isso significa que independente do rendimento que o investidor terá nessa aplicação, ele não precisará pagar imposto de renda sobre o ganho na hora do vencimento da letra de crédito. Isto diferentemente de outros títulos de renda fixa, como dos CDBs (Certificados de Depósitos Bancários).

Nos CDBs, o lucro obtido pelo investidor no investimento é tributado considerando a tabela regressiva de imposto de renda. As alíquotas para esse (e para muitos outros) investimentos em renda fixa é:

  • 22,5% sobre o lucro, para vencimentos até 180 dias;
  • 20,0% sobre o lucro, para vencimentos de 181 a 360 dias;
  • 17,5% sobre o lucro, para vencimentos de 361 a 720 dias;
  • 15,0% sobre o lucro, para vencimentos acima de 720 dias.

Essa regra de tributação vale para diversos títulos de renda fixa, como para CDBs e também para as aplicações no Tesouro Direto. Para a LCA, contudo, essa tributação não vale, sendo que o lucro é possui a isenção de imposto de renda.

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3. Rentabilidade da LCA

Ao fazer uma determinada aplicação, os investidores se preocupam principalmente com qual será a rentabilidade. Não seria diferente com a rentabilidade da LCA, que é uma característica que faz com que muitos se interessem pela letra de crédito.

Isso porque, em muitos casos, a LCA pode oferecer uma rentabilidade superior em relação aos outros títulos de renda fixa. Afinal de contas, não existe o abatimento de imposto de renda sobre os rendimentos. Sendo assim, veja a seguinte comparação entre duas aplicações:

  • CDB com rentabilidade pré-fixada de 8% ao ano;
  • LCA com rentabilidade pré-fixada em 7,0% ao ano.

Apesar da remuneração do CDB ser maior, esse título de crédito privado possui imposto de renda sobre o rendimento, enquanto a LCA não. Portanto, a LCA, mesmo com uma remuneração contrata inferior, consegue entregar uma rentabilidade líquida maior.

Por isso, é preciso comparar o rendimento da letra de crédito do agronegócio com a rentabilidade de outras aplicações em termos líquidos. Isto é, considerado os eventuais descontos de IR que os outros investimentos podem ter. Assim, será possível determinar qual possui, de fato, a maior rentabilidade.

4. Investimento mínimo da LCA

O investimento mínimo da LCA é outra questão que deve ser observada por investidores. No passado, quando as corretoras de valores não eram tão popularizadas, o capital mínimo para investimento em letras de crédito costumava ser maior.

Afinal de contas, a maior parte dos investidores tinham que investir nas LCAs oferecidas pelos bancos de varejo. E, nessas instituições, o investimento mínimo em letras de crédito costuma ser mais alto, podendo chegar até os 100 mil reais.

Contudo, com a popularização das corretoras de valores, o investimento em LCA ficou mais facilitado. Isso porque essas instituições conseguem oferecer uma gama maior de LCAs de diferentes financeiras e com valores de investimento mínimo reduzido.

Portanto, é comum encontrar letras de crédito do agronegócio em corretoras com investimento mínimo de apenas 1.000 reais. Um valor muito mais acessível para a maior parte dos investidores, principalmente para os iniciantes.

5. Prazo de aplicação da LCA

Por fim, outra questão que deve ser observada é o prazo de aplicação da LCA. Isto é, por quanto tempo o investidor fica com seu dinheiro aplicado nessa letra de crédito.

Vale destacar, neste sentido, que o prazo de aplicação é uma das características mais importantes de ser observada em determinada letra de crédito. Afinal de contas, é durante esse período que o recurso do investidor renderá na aplicação de acordo com o tipo de remuneração do título.

Os vencimentos de uma LCA podem ser, por exemplo, de:

  • 90 dias;
  • 540 dias;
  • 731 dias;
  • 900 dias;
  • 1096 dias.

Vantagens e desvantagens da LCA

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Depois de conhecer as características, o próximo passo é entender e saber diferenciar os pontos que são vantagens e desvantagens da LCA como investimento em renda fixa. Assim, o indivíduos estará mais preparado para saber se esse investimento se encaixa, ou não, no seu perfil e no seu objetivo como investidor.

Vantagens da LCA

Em primeiro lugar, os investidores interessados em investir nas letras de crédito do agronegócio devem conhecer quais são as vantagens da LCA. Nesse sentido, os principais pontos positivos são:

  • Isenção de IR;
  • Garantia pelo FGC;
  • Rentabilidade favorável.

Isenção de IR

A primeira vantagem da LCA é, sem dúvida, a isenção de imposto de renda que essa aplicação de renda fixa possui. Sendo que esse ponto positivo é um dos principais atrativos desse investimento para a maior parte dos investidores que realizam aplicações em letras de crédito.

Garantia pelo FGC

Outra vantagem da LCA que faz com que esse investimento seja mais seguro é a garantia que ele possui do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Como o próprio nome diz, esse fundo é responsável por garantir o recurso dos investidores em algumas aplicações, entre elas a LCA.

Isso significa que se a instituição financeira que o indivíduo aplicou em uma LCA ir à falência e não conseguir honrar com o pagamento, o FGC cobre o crédito. Há, contudo, um limite, que é de 250 mil reais por CPF e por instituição financeira.

Isso significa que se o investidor possuía 1 milhão em determinada LCA de um banco que foi à falência, ele só estará protegido até os 250 mil. Em outras palavras, ficará a ver navios com o restante de seu recurso.

Contudo, vale destacar a grande parte dos investidores (aqueles menos capitalizados) são totalmente cobertos com essa garantia do FGC. Afinal de contas, não são todos que possuem mais de 250 mil investidos em LCAs de uma única instituição financeira.


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Rentabilidade favorável

Por fim, outra vantagem da LCA é a sua rentabilidade favorável quando comparada à remuneração de outros títulos de renda fixa semelhantes, como um CDB ou um título do Tesouro Direto.

Vale destacar, contudo, que a superioridade em relação ao CDB em termos de rentabilidade deve ser observada e analisada com cuidado antes da aplicação. Isso porque a LCA não possui o IR, enquanto o CDB, sim. Por isso, a comparação deve ser sempre realizada em termos de rentabilidade líquida. Ou seja, já livre da incidência e retenção de impostos.

Desvantagens da LCA

Apesar das vantagens que foram elencadas anteriormente, é preciso que os investidores interessados na Letra de Crédito do Agronegócio também saibam quais são as desvantagens da LCA. Afinal, todo tipo de investimento possui seus pontos positivos e negativos.

As principais desvantagens da LCA são:

  • Restrição de liquidez;
  • Prazos de resgate;
  • Aplicação mínima.

Restrição de liquidez

A restrição de liquidez financeira é, sem dúvida, uma das desvantagens da LCA. Sendo que essa liquidez mede a facilidade de transformar determinado ativo (no caso, a letra de crédito) em dinheiro. Ou seja, seria a facilidade de realizar o resgate da LCA.

Vale destacar, neste sentido, que a letra de crédito do agronegócio possui uma liquidez restrita. Isto é, o recurso investido pelo investidor fica “preso” na aplicação até a data de vencimento.

Em alguns casos, é possível, no entanto, realizar um resgate antecipado da LCA. Contudo, esses resgates também possuem restrições de prazos para efetivação do saque e também um limite de tempo desde a aplicação.

E apesar de ser considerada uma desvantagem, a restrição de liquidez neste produto financeiro faz completo sentido. Isso porque a instituição financeira realiza o empréstimo para clientes do agronegócio por prazos determinados, como 2 ou 3 anos.

Então, se todos os investidores que aplicaram nessa LCA resolvessem resgatar o montante investido, a instituição financeira teria problemas para conseguir pagar todos. Afinal de contas, o recurso desses investidores já teria sido destinado para um cliente na ponta final da operação.

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Prazos de resgate

Outra desvantagem das letras de crédito do agronegócio diz respeito aos prazos de resgate dessa aplicação. Isto é, o período pelo qual o recurso do investidor fica aplicado no investimento.

Na maior parte das vezes, esse prazo é superior a 1 ano, sendo que é comum encontrar LCAs com vencimentos maiores que isso, por exemplo, de 2 ou 3 anos. Com isso, não há a modalidade de um título com liquidez diária, ao contrário dos CDBs.

No caso dos Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), os investidores conseguem encontrar aplicações em que o investidor pode investir com opção de liquidez diária. Isto é, ele pode realizar o resgate do recurso em um único dia.

Vale ressaltar, contudo, que essa vantagem da liquidez diária vem acompanhada de uma contrapartida, que é o rendimento inferior desse tipo de aplicação. Com isso, a desvantagem dos prazos mais alongados de resgate da LCA pode ser considerada uma vantagem por outros investidores, afinal isto irá se traduzir em uma remuneração maior.

Aplicação mínima

Por último, como foi colocado anteriormente, a aplicação mínima de uma LCA também pode ser considerada uma grande desvantagem. Isto principalmente nas letras de crédito do agronegócio oferecidas pelos grandes bancos de varejo.

Neste sentido, em alguns casos é possível encontrar LCAs que requerem um montante de até 100 mil reais para realizar a aplicação. Sendo que esse valor é completamente inviável para a maior parte dos investidores.

Contudo, é perfeitamente possível encontrar letras de crédito com uma aplicação mínima mais favorável, principalmente por meio das plataformas de renda fixa de corretoras de valores. Nelas, os investidores conseguem encontrar LCAs com aplicação base até de mil reais.

Como investir na LCA?

LCA

Depois de conhecer como a letra de crédito do agronegócio funciona e após entender quais são as suas vantagens e desvantagens, diversos investidores podem se questionar: mas como investir na LCA? O passo a passo, nesse sentido, é:

1. Abrir conta em uma corretora

O primeiro passo para investir em uma LCA é escolher e abrir conta em uma corretora, caso o indivíduo já não possua. Isso porque as corretoras possuem nas plataformas de renda fixa um portfólio maior de opções de letras de crédito do agronegócio.

Afinal de contas, elas não são as responsáveis por emitir essas letras. Na verdade, as corretoras apenas disponibilizam na plataforma LCAs de outras instituições financeiras do mercado.

Com isso, o cliente da corretora costuma ter mais opções em qual letra de crédito investir, diferentemente de quando procura realizar essa aplicação por um banco. Afinal, essas instituições possuem o maior interesse de captar recursos em letras de crédito de emissão própria, oferecendo, ainda, taxas menos atrativas nelas.

2. Transferir os recursos a serem investidos

O segundo passo para investir em LCA é, claro, transferir os recursos a serem investidos para a conta da corretora. Assim, o investidor terá o recurso disponível em sua conta para realizar sua aplicação.

3. Escolher a LCA

Depois de ter o recurso disponível, o investidor deve analisar as opções de LCAs disponíveis na sua corretora. Isto para como forma de escolher aquela letra de crédito que mais se encaixa no seu perfil e no seu objetivo, observando, por exemplo, o:

  • Perfil de risco do emissor;
  • Prazo de aplicação;
  • Aplicação mínima requerida
  • Rentabilidade compactuada.

4. Aplicar na LCA

Por fim, após escolher a letra de crédito que mais se encaixa no perfil de nos objetivos do investidor, o próximo passo é, finalmente, aplicar o recurso na LCA. Depois disso, basta aguardar o vencimento para receber o recurso investido acrescido dos juros compactuados.

Outros investimentos em renda fixa

LCA

Depois de conhecer todos os detalhes sobre a LCA, alguns investidores podem se interessar na comparação dessa aplicação com outros investimentos em renda fixa. Afinal, são vários os títulos públicos e privados disponíveis para investidores nessa classe de ativos.

1. LCA ou Poupança?

Apesar de serem aplicações completamente diferentes, alguns investidores podem se perguntar se vale mais a pena investir em LCA ou Poupança. Contudo, é preciso destacar que essas duas aplicações são muito distintas entre si.

Em primeiro lugar, a caderneta de poupança não pode ser utilizada para comparação em termos de rentabilidade. Afinal de contas, ela tem um rendimento inferior ao Tesouro Selic, com mais risco (o risco de crédito do banco em que a poupança está).

Por isso, se o indivíduo busca uma aplicação para investir seu dinheiro, a LCA disponível em uma corretora de valores é a melhor opção. Contudo, para aqueles que deixam o dinheiro na poupança como reserva de emergência, a letra de crédito não seria uma aplicação alternativa, por conta da restrição de liquidez.

2. LCA ou Tesouro Direto?

Outra dúvida pode ser entre a LCA e o Tesouro Direto. E, nesse sentido, vale destacar que será preciso comparar cada título público do tesouro individualmente com a LCA. Isso porque cada um desses títulos possui um tipo de rentabilidade e um prazo de investimento diferente.

Contudo, talvez os títulos híbridos do Tesouros Direto atrelados à inflação sejam os melhores comparativos com a LCA. Afinal, muitas letras de crédito possuem rendimento indexado ao IPCA acrescido de um prêmio de risco.

Nessa comparação, vale destacar que os títulos do Tesouro Direto são mais seguros que a LCA. Isto pelo fato de que se o governo não tiver dinheiro para pagar os investidores, ele imprime moeda e realiza o pagamento – o que, obviamente, não pode ser feito por uma instituição emissora de uma letra de crédito.

Portanto, a rentabilidade da LCA tende a ser maior por conta do risco superior. Por outro lado, os títulos do tesouro atrelados ao IPCA também possuem vencimentos longos, como em 2035, 2045 e 2055. Sendo que esse prazo maior também carece de uma rentabilidade mais atrativa para os investidores investirem.

Por isso, é preciso analisar caso a caso para “bater o martelo” e afirmar se vale mais a pena investir em uma LCA ou em um título do Tesouro Direto. O investidor só deve se atentar ao fato de que os títulos públicos possuem retenção de IR sobre o rendimento, enquanto a LCA não.

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3. LCA ou LCI?

Por fim, mais uma dúvida comum dos investidores diz respeito ao que vale mais a pena: LCA ou LCI? E, nesse sentido, vale destacar que não existem muitas diferenças entre essas duas aplicações.

Não é à toa que na maior parte das vezes a letra de crédito imobiliária e a letra de crédito do agronegócio são apresentadas aos investidores em conjunto. Isto pelo fato de que a única diferença entre elas é, de fato, a que tipo de cliente a instituição financeira emissora irá destinar os recursos dos investidores.

Logicamente, na LCA esse capital será destinado para empresas e empresários do setor do agronegócio. Enquanto na LCI o recurso será oferecido para aqueles que atuam no ramo imobiliário, com construções e incorporações imobiliárias.

Todas as outras características e modo de funcionamento entre as duas aplicações é igual. Sendo que a LCI é regulamentada pela Lei nº 10.931/2004, enquanto a LCA é normatizada na Lei nº 11.076/2004.

Vale a pena investir em LCA?

LCA

Por fim, depois de conhecer todos os detalhes, modo de funcionamento, vantagens e desvantagens da LCA, alguns investidores podem finalizar com uma dúvida. Isto é, mas afinal, vale a pena investir em LCA?

Apesar de ser uma dúvida bastante pertinente, infelizmente não há uma resposta pronta. Afinal, o investimento em uma LCA pode ser um bom ou um mau negócio dependendo de várias variáveis.

Isso porque é perfeitamente possível encontrar letras de crédito do agronegócio sendo oferecidas com uma rentabilidade (juro) baixa, o que faria com que esse investimento não valesse a pena. Por outro lado, existem alguns outros títulos dessa modalidade que podem ser oferecidos com rentabilidades excelentes.

Mas além dessa questão em relação ao título propriamente dito, há também uma subjetividade que se refere ao contexto do investidor que estuda realizar a aplicação em uma LCA. Isso porque uma aplicação que é boa para um investidor pode não ser interessante para outro.

Então, para determinar se vale a pena investir, ou não, em uma LCA, é preciso, claro, em primeiro lugar, avaliar a letra de crédito em questão, mas também o objetivo, o prazo de investimento e a aversão ao risco daquele que fará a aplicação.

Com essas informações, e depois de conhecer todas as características da LCA, o investidor conseguirá ter mais clareza se essa letra de crédito faz sentido para sua estratégia de investimento, ou não.

E então, conseguiu entender melhor sobre a LCA? Deixe abaixo suas dúvidas ou comentários sobre esse título privado de renda fixa.


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Perguntas frequentes sobre LCA
O que é LCA?

A LCA, ou Letra de Crédito do Agronegócio, é um título de crédito privado de renda fixa relacionado ao setor agrário. Isso significa que o recurso do investidor de LCA é captado por uma instituição financeira e então emprestado para empresas do agronegócio.

Qual o rendimento mensal do LCA?

O rendimento mensal da LCA dependerá da rentabilidade negociada junto ao investidor com a instituição financeira emissora da letra de crédito do agronegócio. Via de regra, quanto maior o risco dessa instituição emissora, maior o rendimento mensal da LCA.

Quem pode emitir uma LCA?

A LCA pode ser emitida por instituições financeiras, como bancos ou cooperativas de crédito. Vale destacar, contudo, que o contratante da LCA, ou seja, aquele que receberá o recurso dos investidores, deve ser titular de direitos aos créditos do agronegócio.

Como funciona aplicações em LCA?

As aplicações em LCA funcionam de forma que o indivíduo investe seu capital já conhecendo qual será o rendimento da letra de crédito. Sendo que essa rentabilidade pode ser contratada de forma pré-fixada, pós-fixada ou híbrida.

Qual a diferença entre LCA e a LCI?

A diferença entre a LCA e a LCI é que a primeira é uma letra de crédito vinculada ao financiamento do setor agrário; enquanto a segunda é também uma letra de crédito, mas direcionada para o ramo imobiliário.

Bibliografia

http://www.oabsp.org.br/comissoes2010/agronegocios/eventos/2013/Apresentacao%20-%20Titulos%20de%20Credito%20do%20Agronegocio%20-11-11-2013-%20-%20final.pdf/download

https://www3.bcb.gov.br/mcr/manual/090217718095e0f0.htm

https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/bibliotecas/guia_titulos_agronegocio-grafica.pdf

http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/5534/1/MD_COENP_2015_1_07.pdf

http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/3407/1/td_2028.pdf

O post LCA: saiba como funciona uma Letra de Crédito do Agronegócio apareceu primeiro em Suno Research.

domingo, 28 de junho de 2020

LCI: saiba como funciona a Letra de Crédito Imobiliário

Muitos investidores, buscando obter uma maior rentabilidade nos investimentos em renda fixa, procuram saber mais sobre a LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Esta busca é ainda mais justificada pelo fato desse investimento possuir isenção de Imposto de Renda (IR) sobre seus rendimentos.

Por isso, é recomendado que todo investidor de renda fixa ao menos conheça mais sobre a LCI. Ou seja, que saiba como essas letras de crédito funcionam, quais são suas características e também as suas vantagens e desvantagens como investimento.

O que é o LCI?

A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) é um tipo de investimento em renda fixa lastreado ao financiamento do mercado imobiliário. Em outras palavras, isso significa que o dinheiro do investidor que investe em LCI está sendo utilizado, no fim, para a compra ou para o financiamento de um imóvel.

Vale destacar que a letra de crédito imobiliário é apresentada, na maioria das vezes, em conjunto com a LCA, sigla para Letra de Crédito do Agronegócio. Afinal, esse investimento possui praticamente as mesmas características da LCI.

E por ser um ativo de renda fixa, a LCI é considerada por muitos como um produto de investimento mais seguro. Sendo que isto se deve ao fato de o rendimento da letra de crédito ser conhecido no momento da aplicação.

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Ou seja, o investimento em Letra de Crédito Imobiliário não possui volatilidade (variação), como as ações ou os fundos imobiliários (FIIs) negociados na bolsa de valores. Afinal, o valor da letra de crédito não varia ao longo tempo, porque o rendimento está definido na contratação da aplicação, dependendo apenas do fato da LCI ser:

  • Pré-fixada;
  • Pós-fixada;
  • Híbrida.

Por fim, vale ressaltar que quando o investidor aplica em uma LCI isso não significa que o dinheiro está indo diretamente para aquele que está financiando um imóvel. Na verdade, o capital da aplicação é captado por uma instituição financeira que, por sua vez, direciona o recurso para clientes do ramo imobiliário.

Para entender essa espécie de “logística” e o caminho do recurso de uma LCI, é fundamental que os investidores saibam como funciona a letra de crédito imobiliário. Assim, saberão como e para onde o dinheiro aplicado nesses ativos está sendo direcionado.

Como funciona a LCI?

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Uma grande parte dos investidores de renda fixa, e também daqueles interessados em conhecer mais sobre as letras de crédito imobiliário, se perguntam: mas como funciona a LCI na prática?

Esse tipo de questionamento é muito válido. Afinal de contas, todo dinheiro aplicado no mercado de capitais é destinado ou utilizado de alguma forma. Sendo que isso não seria diferente com as LCI, sobretudo pelo fato de o próprio nome desse investimento sugerir uma relação com o mercado imobiliário.

Para aonde vão os recursos da LCI?

Sendo assim, para aonde vai o recurso da LCI? Basicamente funciona da seguinte maneira: o investidor realiza uma aplicação em uma LCI de determinada instituição financeira, um grande banco de varejo, por exemplo.

Nessa situação, suponha que essa instituição promete remunerar o investidor com determinada taxa de juros, como 0,8% ao mês. Sendo assim, com o recurso captado desse investidor (e de muitos outros que compraram a LCI), esse banco direciona o capital para emprestar aos seus clientes.

Contudo, esse é o ponto-chave da LCI. Isso porque o direcionamento do recurso captado pelos títulos emitidos, no caso das LCI, deve ser realizados necessariamente para clientes do ramo imobiliário. Ou seja, para aqueles que necessitam de recursos para o financiamento de determinado tipo de imóvel.

Além disso, para realizar esse direcionamento do capital levantado para clientes imobiliários, a instituição financeira cobra, obviamente, uma taxa de empréstimo, como de 1,5 % ao mês. Então, funciona assim:

  • Remuneração do investidor: 0,8% ao mês;
  • Remuneração do banco: 1,5% ao mês;
  • Resultado da operação para o banco: 0,7%.

Ao final dessa triangulação, a instituição financeira que captou o recurso por meio de LCIs teve um resultado de 0,7% sobre o capital emprestado. Afinal, ela realizou a captação por um percentual de 0,8% com investidores de renda fixa, mas recebeu 1,5% sobre o empréstimo aos seus clientes.


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Tipos de LCI

Agora, depois de saber como funciona o investimento nas letras de crédito imobiliário, é importante também conhecer quais são os tipos de LCI disponíveis para investimento no mercado. Afinal, o rendimento do título dependerá de modalidade de letra de crédito investida.

Os tipos de LCI disponíveis no mercado são os seguintes:

  1. LCI pré-fixada
  2. LCI pós-fixada
  3. LCI híbrida

LCI pré-fixada

O primeiro tipo de letra de crédito imobiliário é da LCI pré-fixada. Neste tipo de LCI, o investidor sabe exatamente o valor nominal que irá receber ao vencimento da letra de crédito. Afinal, a rentabilidade do investimento é pré-fixada, isto é, pré-definida.

Alguns dos possíveis rendimentos de uma LCI pré-fixada, portanto são, ao ano:

  • 5%;
  • 10%;
  • 12%;
  • 15%.

Como pode ser observado, a taxa de remuneração neste tipo de LCI é pré-estabelecida, sendo que o investidor sabe exatamente o percentual que seu dinheiro irá render e o quanto terá no vencimento do título.

Normalmente, investidores se enganam com esse tipo de rendimento, acreditando que ele é sempre o mais vantajoso. Por exemplo, em um período de inflação de 2% no ano, é possível que a Taxa Selic esteja 4% ao ano e que haja uma LCI com rendimento de 8% ao ano.

Contudo, esse tipo de LCI possui o risco inflacionário. Afinal, o rendimento será de 8% a.a independentemente de quanto for a inflação do próximo ano ou de quanto estará a taxa de juros do país. Isso significa que se a inflação subir muito, por exemplo, para 10%, o investidor da LCI pré-fixada estará, em termos de rendimento real, perdendo dinheiro.

Por outro lado, se fosse uma LCI pós-fixada, essa possibilidade de perda real seria quase que eliminada, como será visto a seguir. Vale destacar, contudo, que não existe modalidade melhor ou pior.

O que existe, na verdade, são produtos diferentes para objetivos e realidades de investidores diferentes. Por isso, é importante conhecer bem quais são os tipos de LCI e quais são as vantagens e desvantagens de cada modalidade de letra de crédito imobiliário.

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LCI pós-fixada

Além do título pré-fixado, há também a LCI pós-fixada. Nesta modalidade de letra de crédito imobiliário, o investidor conhece como será calculada a rentabilidade de seu investimento, mas não sabe exatamente qual será o rendimento final da aplicação.

Isso porque a LCI pós-fixada rende de acordo com algum de indexador externo de preço. Sendo que na maioria dos casos o indicador utilizado é o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é derivado e que fica muito próximo da taxa básica de juros da economia (Taxa Selic).

Assim, a remuneração do investidor que aplica seu recurso em uma LCI pós-fixada está, na grande maioria das vezes, diretamente ligada ao CDI. Assim, as taxas dessa modalidade de letra de crédito imobiliário são exibidas da seguinte maneira, ao ano:

  • 70% do CDI;
  • 90% do CDI;
  • 110% do CDI.

Como pode ser observado, há um trato com relação à porcentagem de remuneração em relação ao indexador de preço. Contudo, não é possível saber ao certo e com precisão qual será o rendimento dessas LCIs, como no caso das pré-fixadas.

Afinal, conforme o CDI se altera ao longo do tempo, de acordo com as decisões a respeito da Selic pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a rentabilidade do investidor que aplicou vai se alterando. Isto é, quanto maior o CDI, maior o rendimento; e quanto menor essa taxa, menor a remuneração do investidor.

Por fim, vale destacar que apenas as LCIs com vencimento acima de 36 meses podem ser emitidas de maneira pós-fixada. Por isso, investidores só vão encontrar letras de crédito nessa modalidade em LCIs com vencimento superior a esse prazo.


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LCI híbrida

Por fim, além da remuneração pré e pós-fixada, há também a LCI híbrida. Nessa última modalidade de LCI, há uma mesclagem entre os outros dois tipos de letra de crédito imobiliário elencados anteriormente.

Isso porque as LCIs híbridas misturam o rendimento pré-fixado com a remuneração variável, que remunera o investidor de acordo com algum indexador externo e de percentual flutuante. Assim, o rendimento desse tipo de LCI pode ser:

Como pode ser observado neste tipo de LCI, o investidor possui uma parte da remuneração da letra de crédito variável, que muda conforme o indexador do título (CDI, IPCA, IGP-M). Mas também um acréscimo de rendimento fixo, pré-fixado (1%, 2%, 3%).

Características da LCI

Depois de conhecer sobre os diferentes tipos dessas letras de crédito da renda fixa, é fundamental que os investidores também conheçam algumas particularidades e características da LCI como produto de investimento.

Riscos da LCI

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O primeiro ponto a ser observado diz respeito aos riscos da LCI. Afinal de contas, todo investimento possui um risco, que é justamente o fato gerador do rendimento. Isto é, o investidor abre mão da posse do seu capital para um terceiro (risco) em troca de um retorno financeiro por isso.

No caso das letras de crédito imobiliário, vale destacar que o risco do investimento não está ligado ao cliente do ramo imobiliário que recebe, na ponta, o recurso dos investidores. Na verdade, o risco desse investimento vem do emissor da LCI, que é uma instituição financeira.

Isso significa que se o cliente imobiliário não pagar pelo empréstimo ou pelo financiamento, os investidores da LCI não arcam com o prejuízo. No caso, é a instituição financeira que realizou a análise de crédito e que concedeu o empréstimo a responsável por arcar com essa inadimplência.

Em outras palavras, a instituição financeira irá arcar com a inadimplência e, mesmo assim, deve pagar os investidores da LCI que emitiu. Por isso, o risco da LCI é justamente o risco de crédito da própria instituição financeira que emitiu esse título.

Então, quanto mais sólida a instituição financeira emissora da letra de crédito imobiliário, menor o risco desse título. Da mesma maneira, quanto menor e menos saudável financeiramente a instituição financeira, maior o risco da LCI.

Rentabilidade da LCI

O segundo ponto que deve ser observado na hora de avaliar uma LCI é a sua rentabilidade. Como a maior parte dos investimentos: quanto maior o risco, maior o retorno; e quanto menor o risco, menor será também o rendimento esperado.

Por isso, ao investir em LCI de instituição financeiras muito consolidadas e saudáveis financeiramente, como os grandes bancos de varejo, é importante lembrar que a rentabilidade do título será menor. Afinal, o risco desse título para o investidor será reduzido.

Por outro lado, ao investir em letras de crédito de pequenos bancos e de instituições financeiras menos saudáveis financeiramente, a remuneração será maior. Afinal, se a rentabilidade fosse a mesma, nenhum investidor investiria em uma LCI mais arriscada.

Em outras palavras, para que investidores estejam dispostos a disponibilizar recurso, por meio de uma letra de crédito imobiliária, para uma instituição financeira que representa maior risco, é preciso que a rentabilidade da LCI seja mais atrativa.

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Tributação da LCI

Outra questão fundamental de ser levantada em relação às letras de crédito imobiliário é a tributação da LCI. Afinal de contas, esse investimento possui um benefício fiscal que é responsável por atrair a atenção e o interesse de muitos investidores de renda fixa.

Nesse sentido, destaca-se que a LCI possui isenção de imposto de renda (IR). Ou seja, o rendimento desse tipo de aplicação não sofrerá a incidência de imposto, como o que ocorre com os CDBs (Certificados de Depósitos Bancários).

No caso desses CDBs, que também são investimentos em renda fixa, o rendimento do título sofre a incidência do IR de acordo com a tabela regressiva de imposto de renda da renda fixa. Para os CDBs e para outros investimentos em renda fixa, a tributação sobre o rendimento funciona assim:

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Essa tabela regressiva de IR é aplicada para grande parte dos investimentos de renda fixa, como os investimentos em CDBs e também no Tesouro Direto. Contudo, ela não é válida para as aplicações nas LCIs. Em outras palavras, nas letras de crédito não há tributação do rendimento.

Investimento mínimo da LCI

Outra dúvida comum de investidores tem relação ao investimento mínimo da LCI. Afinal, todo investimento de renda fixa possui um montante mínimo necessário para o investidor realizar uma aplicação.

Por isso, vale destacar que toda letra de crédito imobiliária terá um investimento mínimo. Sendo que esse montante é definido pela instituição financeira que realiza a emissão das letras disponibilizadas para investidores do mercado.

Em alguns casos, o investimento mínimo da LCI pode ser baixo, na faixa de mil reais. Contudo, em outras letras, é possível que esse montante necessário para realizar a aplicação chegue à casa dos 100 mil reais.

Normalmente, as LCIs de grandes bancos de varejo possuem um investimento mínimo maior. Já as Letras de Crédito Imobiliário disponibilizadas em corretoras de valores costumam ser mais acessíveis, apresentando investimento mínimo de mil até 10 mil reais, na média.

Prazo de aplicação da LCI

Por fim, outra dúvida dos investidores com relação a esse tipo de investimento em renda fixa é sobre o prazo de aplicação da LCI. Ou seja, por quanto tempo o valor investido fica rendendo.

Nesse sentido, é preciso destacar, em primeiro lugar, que o investidor da LCI não pode realizar o saque do investimento durante a aplicação. Isso significa que depois de realizar o aporte, o montante só será liberado ao final do prazo de vencimento com o acréscimo dos juros compactuados.


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Além disso, é preciso que os investidores fiquem atentos, porque o prazo de aplicação da LCI é fornecido em dias, devendo o investidor ter atenção ao prazo, em anos, que seu investimento ficará aplicado. Então, os vencimentos podem ser, por exemplo, em:

  • 540 dias (1 ano e meio);
  • 731 dias (2 anos);
  • 900 dias (2 anos e meio);
  • 1096 dias (3 anos).

Uma curiosidade sobre os prazos de aplicações da LCI é que elas não podem ter um vencimento superior ao prazo dos créditos imobiliários atrelados à letra de crédito imobiliário. Ou seja, se a instituição financeira capta o dinheiro em uma LCI e empresta para um cliente por 2 anos, ela não pode oferecer essa letra por um prazo superior aos 2 anos.

Essa previsão está constante no Artigo 15 da Lei nº 10.931, de 02 de agosto de 2004. Sendo esta norma jurídica, em seu capítulo 2, a responsável por determinar os amparos e as previsões legais das LCIs.

Vantagens e desvantagens do LCI

Depois de conhecer as características desse tipo de investimento em renda fixa, grande parte dos investidores podem se perguntar: mas quais são as vantagens e desvantagens da LCI como investimento em renda fixa?

Vantagens da LCI

Em primeiro lugar, serão destacadas as vantagens da LCI. Ou seja, alguns dos pontos positivos de os investidores deixarem o dinheiro aplicado neste tipo de investimento de renda fixa.

As vantagens da LCI são as seguintes:

  • Isenção de IR;
  • Garantia pelo FGC;
  • Rentabilidade favorável.

Isenção de IR

A primeira vantagem da LCI é, claro, a isenção de IR. Por conta desse benefício fiscal, os investidores de letras de crédito imobiliário tendem a conseguir títulos que entreguem uma rentabilidade mais satisfatória.

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Garantia pelo FGC

Outra vantagem que os investidores de LCI devem ter em mente é garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para o dinheiro aplicado pelos investidores. Sendo que esse fundo é uma entidade sem fins lucrativos bancada por bancos e outras instituições financeiras associadas.

Portanto, isso significa que, caso a instituição emissora da LCI entre em falência e não pague pela letra de crédito, o fundo garantidor cobre o montante investido do investidor acrescido dos juros prometidos pela instituição.

Vale destacar, contudo, que existem alguns pré-requisitos e limites para essa cobertura do FGC. Neste sentido, há um limite de R$250 mil por CPF e por instituição financeira. Ou seja, se o investidor possui 300 mil aplicados em uma LCI de um banco que não pagou, ele só estará garantido até os 250 mil.

Rentabilidade favorável

Por fim, outra vantagem das LCIs é a rentabilidade favorável e satisfatória que essa aplicação pode ter em comparação com outros títulos de renda fixa. Inclusive, uma rentabilidade superior aos títulos do Tesouro Direto.

Afinal de contas, ao investir em letras de crédito, o investidor está emprestando dinheiro para empresas privadas. Sendo que isso é mais arriscado que emprestar o recurso para o governo. Como o risco é maior, a rentabilidade também é maior.

Algumas pessoas, nesse sentido, ficam confusas: mas emprestar dinheiro para o governo é mais seguro que para empresas privadas? A resposta é que sim, sempre. Isso porque, caso o governo não tiver recurso para pagar os títulos emitidos, ele pode imprimir moeda e pagar os investidores, o que não acontece com as empresas.

Desvantagens da LCI

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Apesar das vantagens elencadas acima, é preciso saber que existem também as desvantagens da LCI. Sendo que é fundamental que todo investidor de letra de créditos tenha consciência desses pontos negativos antes de investir em LCIs.

As desvantagens da LCI são as seguintes:

  1. Restrição de liquidez
  2. Prazos de resgate
  3. Aplicação mínima

Restrição de liquidez

A primeira desvantagem de investir em LCI é a restrição de liquidez do capital investido. Sendo que essa liquidez mede a facilidade de transformar um determinado ativo em dinheiro. Então:

  • Quanto maior a liquidez, maior a capacidade de transformar o ativo em dinheiro;
  • Quanto menor a liquidez, menor a capacidade de transformar o ativo em dinheiro.

No caso das LCIs, há uma restrição de liquidez durante a aplicação. Ou seja, após a aplicação do capital, o investidor só poderá resgatar seu investimento no vencimento da letra de crédito imobiliária.

Isso faz completo sentido. Afinal, imagine que um banco capte um grande montante em LCI, financia esse capital para clientes do ramo imobiliário e, após alguns meses, os investidores pedem o dinheiro de volta. Isto inviabilizaria esse tipo de triangulação de recurso.

Por isso, antes de realizar uma aplicação em uma LCI, é preciso que o investidor tenha certeza que não irá necessitar do recurso até a data de vencimento. Afinal, o recurso (acrescido dos juros) só ficará disponível após esse vencimento.

Prazos de resgate

Outro ponto que pode ser encarado por alguns investidores como uma desvantagem da LCI são os prazos de resgate dessa aplicação. Afinal, algumas pessoas poderiam ter interesse de investir em um produto de renda fixa com isenção de IR e com liquidez diária.

Este é o caso, por exemplo, de alguns CDBs. Neste tipo de aplicação de renda fixa, existem opções de investimentos nas quais o investidor pode sacar o capital investido com muita facilidade, pelo fato de existirem aplicações de liquidez diária para esse investimento. Isto, claro, pagando a alíquota de IR no resgate.

Já no caso da LCI, que possui a isenção de IR, não existe essa possibilidade de resgate diário. Ou seja, o investidor deverá realmente aguardar o prazo de resgate para ter seu capital disponível novamente.

Aplicação mínima

A terceira desvantagem que deve ser levantada em relação às LCIs diz respeito à aplicação mínima. Afinal, em alguns casos esse montante mínimo necessário pode chegar até a centenas de milhares de reais.

Contudo, é preciso destacar que existem sim opções mais acessíveis de LCI, principalmente em corretoras de valores. Isto porque essas corretoras costumam oferecer aplicações em letras de crédito com uma aplicação mínima reduzida, começando em cerca de mil reais até uma média de 10 mil reais.

Como investir em LCI?

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Depois de conhecer como a letra de crédito imobiliário funciona e quais são as suas vantagens e desvantagens como investimento de renda fixa, pode surgir uma última dúvida. Isto é: como investir em LCI?

Como foi colocado anteriormente, as corretoras de valores do mercado brasileiro costumam oferecer melhores letras de crédito do que bancos de varejo. E não só isso, mas elas oferecem LCIs de diversas instituições financeiras do Brasil.

Isto ao contrário dos grandes bancos de varejo. Afinal, não faz muito sentido para um grande banco que quer captar recursos em uma LCI disponibilizar letras de crédito de outras instituições financeiras.

No caso das corretoras, isso não acontece. Isto porque não é a corretora que emite as letras de crédito. Na verdade, ela apenas disponibiliza uma gama variada de LCIs de diversas instituições.

Por isso, para atrair investidores, essas corretoras tendem a disponibilizar muitas opções de LCIs de:

  • Diferentes instituições financeiras;
  • Prazos diferenciados;
  • Rentabilidades diversas.

Com isso, o investidor acaba tendo muito mais opções de investimento em LCI em uma corretora em relação a um grande banco. Por isso, para investir em uma letra de crédito imobiliário será preciso:

1. Abrir conta em uma corretora

O primeiro passo para investir em LCI é, como foi dito, escolher uma corretora de valores. Sendo que o interessante é pesquisar quais são aquelas que oferecem a maior variedade de títulos de renda fixa para seus clientes.

2. Transferir o dinheiro para a corretora

O segundo passo para investir em LCI é transferir os recursos que será aplicado para a conta na corretora escolhida e no qual o investidor abriu conta por meio de uma TED (Transferência Eletrônica Disponível). Assim, ele terá o capital na conta disponível para realizar a aplicação.

3. Escolher a LCI e realizar a aplicação

Por fim, como dinheiro na conta da corretora, o último passo para investir em uma LCI é, claro, analisar as opções disponíveis e realizar a aplicação. Assim, bastará depois o investidor aguardar o vencimento da letra de crédito para receber o capital investido acrescido dos juros.


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Outros investimentos em Renda Fixa

Além do investimento em LCI, vale destacar que existem alguns outros investimentos em renda fixa. Sendo que cada uma delas possui suas características, vantagens e desvantagens.

Por isso, a seguir uns pontos que diferenciam a LCI tanto de outros títulos privados de renda fixa quanto de títulos públicos disponíveis no mercado.

LCI ou Tesouro Direto?

Muitos investidores ficam na dúvida sobre investir em LCI ou Tesouro Direto. Vale destacar, contudo, que esses investimentos são bastante distintos entre si e que podem fazer sentido, ou não, dependendo do perfil e do objetivo de cada investidor.

No caso do Tesouro Direto, o investidor está emprestando seu recurso para o governo que, por sua vez, utilizará o capital para financiar suas despesas. Neste tipo de aplicação, os riscos são mais baixos do que os de títulos de crédito privado, como o de uma LCI.

Isso porque, caso o governo não possua capital suficiente para pagar os investidores, ele possui o poder de imprimir mais dinheiro e realizar o pagamento. Sendo que isso, obviamente, não pode ser realizado por uma empresa privada.

Além dessa questão do risco, o Tesouro Direto apresenta também uma gama diferente de títulos, sendo que cada um deles tem uma característica de prazo, de tipo de rendimento e de rentabilidade oferecida. Alguns deles são:

Então, para conseguir comparar o rendimento da LCI e do Tesouro Direto, é preciso que o investidor, em primeiro lugar, escolha com qual título do tesouro a letra de crédito imobiliária será comparada.

Por exemplo, uma LCI pré-fixada deve ser comparada com o Tesouro pré-fixado. Afinal, ambos possuem a mesma modalidade de rendimento, o que permitirá o investidor realizar a comparação.


Investindo no Tesouro Direto

LCI ou LCA?

Outra dúvida comum de investidores é: investir em LCI ou LCA? Afinal de contas, tanto a letra de crédito imobiliária quanto a letra de crédito do agronegócio possuem características muito semelhantes.

Neste sentido, vale destacar que a única diferença entre a LCI e a LCA é o destino final do recurso do investidor após a triangulação realizada pela instituição financeira emissora da letra. Isto é, no caso da LCI, o recurso será destinado para o setor imobiliário, enquanto na LCA esse capital terá destino clientes da instituição financeira que são do ramo agrário.

Além disso, como o risco da letra de crédito não está relacionado com o pagamento do cliente da instituição financeira, mas com o risco da própria instituição, é indiferente o investimento em uma LCI ou LCA da mesma instituição financeira. Afinal, o risco é o mesmo.

Neste caso, é preciso apenas verificar a rentabilidade e o prazo de cada uma dessas letras de crédito oferecida pela mesma instituição financeira. Isto de forma a encontrar o título que melhor se encaixa no perfil do investidor.

LCI ou Poupança?

Por fim, existem aqueles que ainda podem ter dúvida entre LCI ou Poupança. Contudo, vale destacar que essas aplicações são completamente diferentes, sendo que a poupança possui um rendimento muito inferior à LCI.

Isso porque a poupança rende da seguinte maneira:

  • Selic acima de 8,5%: poupança rende 0,5% ao mês + TR (taxa referencial);
  • Selic abaixo de 8,5%: poupança rende 70% da Selic.

Por conta dessa regra, deixar o dinheiro na poupança acaba sendo um mau negócio em termos de investimento e de rentabilidade. Por isso, se for para deixar um dinheiro investido por determinado prazo, a LCI será mais favorável.

Vale a pena investir na LCI?

Por fim, vale destacar que, na maioria dos casos, vale a pena investir na LCI. Afinal de contas, essa aplicação oferece a isenção de IR em conjunto com uma boa rentabilidade comparada a outras aplicações de renda fixa.

É preciso, contudo, avaliar qual é o perfil do investidor, seus objetivos e prazos de investimento. Afinal, um mesmo investimento pode valer a pena para um investidor e, para outro, nem tanto assim.

Por exemplo, se o investidor estiver interessado em títulos de renda fixa para deixar sua reserva de emergência, então a LCI não será uma boa opção. Afinal de contas, emergências não irão aguardar o prazo de vencimento da letra de crédito para acontecerem.

Por isso, neste caso, o investidor deve considerar outras aplicações, como o Tesouro Selic, um CDB de liquidez diária ou um fundo de renda fixa. Por outro lado, a LCI pode ser mais vantajosa que esses investimentos quando o assunto é investimento em títulos de crédito privado mais longo. Isto é, para prazos acima de 1 ou 2 anos.

E então, conseguiu entender mais sobre a LCI (Letra de Crédito Imobiliário)? Deixe abaixo suas dúvidas ou comentários sobre esse título de renda fixa.


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Perguntas frequentes sobre LCI
Qual é o rendimento da LCI?

O rendimento da LCI irá depender de cada letra de crédito imobiliário oferecida pelas instituições financeiras. Quanto menor a taxa de juros do país e o risco do emissor, menor o rendimento; e quanto maior a taxa e o risco, maior será também a remuneração do investidor.

O que é uma aplicação LCI?

Uma aplicação LCI é um título de renda fixa que os investidores fazem junto a instituições financeiras. Como a própria sigla de LCI significa (letra de crédito imobiliário), os recursos captados pelos emissores dos títulos são destinados para o financiamento de imóveis.

Qual a taxa da LCI hoje?

A taxa da LCI hoje dependerá da taxa de juros do país (Taxa Selic) e também da remuneração oferecida por cada instituição financeira emissora do título. Via de regra, quanto maior o risco do emissor e quanto maior a taxa de juros, maior será também a taxa oferecida ao investidor.

Qual o melhor banco para se aplicar em LCI?

O melhor banco para se aplicar em LCI dependerá do perfil de cada investidor. Para aqueles que procuram aplicações muito seguras, os melhores bancos serão os de varejo, que possuem risco pequeno de crédito (menor remuneração na LCI). Já para os que procuram taxas maiores, então esses devem procurar bancos menores (mais risco).

Como saber se a LCI é boa?

Para saber se a LCI é boa, isto é, se determinada letra de crédito imobiliário é um bom investimento o investidor deve se atentar e avaliar alguns pontos, como: qualidade e risco do emissor, prazo de vencimento e taxa de juros oferecida.

Bibliografia

http://professor.pucgoias.edu.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/16096/material/LETRA%20IMOBILIARIA.pdf

https://www.bcb.gov.br/pre/evento/arquivos/2010_3_21/2010_3_17_Painel_II_Jorge_Santana.pdf

https://social.stoa.usp.br/articles/0039/3986/O_SISTEMA_DE_CR_DITO_IMOBILI_RIO_BRASILEIRO.pdf

https://www.abecip.org.br/admin/assets/uploads/anexos/livro-iii-premioabecip-volume21.pdf

https://ift.tt/2Zn7aTA

O post LCI: saiba como funciona a Letra de Crédito Imobiliário apareceu primeiro em Suno Research.