Veja 8 coisas que você deve saber ao investir no minidólar

Se você já começou a diversificar sua carteira de investimentos, provavelmente já ouviu falar nos contratos de minidólar. Eles fazem parte das aplicações de renda variável e tornam as negociações no mercado futuro mais simples para Pessoas Físicas.

O minidólar é um assunto que virou tendência recentemente. Mas, antes de começar a investir, é importante conhecer essa modalidade a fundo. Como ele funciona? Quais são os diferenciais? Qualquer um pode investir? Os minicontratos são boas alternativas?

A seguir, veja o que você precisa saber para investir no minidólar e tire suas dúvidas sobre o tema!

1. O que é minidólar?

Quando uma pessoa começa a investir em dólar, ela paga pelo contrato cheio. Entretanto, os contratos de minidólar são uma alternativa mais barata, representando 20% desse valor.

Os minicontratos fazem parte do Mercado Futuro na B3 e são operações mais acessíveis, com margem de garantia e porcentagens menores.

Os valores para contratos cheios custam por volta de R$ 250 mil. Portanto, se você não tem uma soma inicial muito alta, aplicar no minidólar é mais viável. O valor de cada contrato é estabelecido previamente, como qualquer investimento futuro, mas o pagamento é realizado somente na data de vencimento.

O minidólar também é utilizado com frequência para especulação e proteção contra oscilações na bolsa de valores. Como ele é um derivativo originado da moeda norte-americana, sua variação acompanha as flutuações do dólar.

2. Como ele funciona?

Para saber como o minidólar funciona, você pode se perguntar: quanto valerá em reais, em uma data posterior, a quantia de 5 mil dólares? A partir disso, é mais fácil simular se vale a pena investir nessa modalidade. Realizar análises técnicas também pode servir como diferencial nesse momento.

Nos contratos de minidólar, há uma negociação cambial simples entre a moeda brasileira e a norte-americana. Contudo, para gerenciar e evitar riscos, é necessário monitorar e acompanhar as operações diárias do Mercado Futuro.

O minidólar segue a tendência da moeda norte-americana: se ela está valorizada, o minicontrato também. Logo, esse investimento acompanha as expectativas do mercado interno e externo.

Um exemplo prático é o day trade. Quem acompanha as movimentações diárias no pregão sabe que os preços dos ativos se alteram o tempo todo. As negociações começam por volta das 8h e encerram entre 18h e 19h.

Nos contratos de minidólar acontece o mesmo: a pessoa precisa saber qual é o melhor momento para comprar ou vender o título. Em suma, para operar minicontratos, é necessário escolher uma data de vencimento e conferir os horários das negociações.

3. Quais são os diferenciais do minidólar?

O minidólar tem vários diferenciais para quem deseja começar a investir. Além de ser uma opção mais acessível, é interessante tanto para pessoas experientes quanto para iniciantes no mercado financeiro. 

Veja alguns benefícios do minicontrato:

• o valor é bem menor do que o contrato cheio do dólar;
• oferece alta liquidez;
• a volatilidade é baixa, tornando-se ideal para quem pretende realizar operações diárias e rápidas;
• facilita a especulação;
• o lucro pode ser rápido graças à alavancagem;
• não é necessário investir grandes somas, como nas ações;
• há influência do mercado externo, o que pode ser um caminho mais seguro;
• o volume de transações diárias é alto, facilitando operações rápidas.

4. Vale a pena investir?

Agora que você já conhece o minidólar e como ele funciona, vale refletir se essa modalidade de investimento é adequada ao seu perfil. São diversas vantagens que acompanham os minicontratos, mas ter conhecimento sobre derivativos pode ser de grande ajuda.

Como o minidólar é negociado todos os dias na B3, vale atentar às tendências das cotações. Uma boa operação requer análise gráfica e acompanhamento da moeda norte-americana no mercado.

Investir nessa modalidade vale a pena se você tiver disponibilidade e souber qual é o momento certo de vender ou comprar títulos. São boas opções para pessoas que desejam diversificar a carteira e melhorar os rendimentos no médio e longo prazo.

5. Qual é a diferença entre mini-índice e minidólar?

Se você já pesquisou sobre contratos futuros, provavelmente se deparou com o minidólar (WDO) e o mini-índice (WIN). Mas afinal, quais são as diferenças? O que muda durante a negociação?

A resposta é simples. O valor do minicontrato de índice é de R$ 0,20 a cada ponto do Ibovespa (IBOV). Comprador e vendedor fazem um acordo prévio de cotação para uma data posterior. Porém, no minidólar, o acordo diz respeito ao valor para a taxa de câmbio do dólar comercial.

Ambos são contratos futuros, a diferença reside no ativo de referência. No mini-índice, é utilizado o índice Ibovespa; no minidólar, a taxa de câmbio da moeda norte-americana. Geralmente, esses contratos são utilizados como forma de se proteger das oscilações diárias nos preços, bem como gerar lucros com variações de câmbio.

6. Como ocorre a liquidação do minidólar?

Quando o contrato expira, a liquidação do minidólar é realizada no primeiro dia útil do mês. Nesse dia, a posição de quem investiu é zerada. Porém, também existe a possibilidade de liquidá-la antes do vencimento, mas é preciso assumir posição oposta àquela já aberta.

O valor do minidólar é baseado no preço futuro, então o contrato será sempre o do mês seguinte. Em janeiro, é negociado o minidólar que vence em fevereiro, por exemplo. Dessa forma, no primeiro dia útil do mês, cada um obtém o valor acordado previamente, seja com lucros, seja com perdas.

7. Como investir no minidólar?

O primeiro passo para investir no minidólar é efetuar uma simulação para entender como funcionam esses contratos. Em seguida, busque uma corretorade sua preferência e peça ajuda aos especialistas da área.

Quando você tiver certeza da sua escolha, é só transferir dinheiro para sua conta e depois repassar o valor para a corretora. Você deve incluir também o depósito da margem de garantia, isto é, 15% do valor total dos contratos. As garantias podem ser em dinheiro ou em ativos, como ações, títulos públicos, CDBs, entre outros.

Em uma base diária, a B3 faz ajustes nas posições do minidólar que estão em aberto. As pessoas que participam do mercado futuro, portanto, recebem créditos ou débitos na conta da corretora.

8. Quais são as desvantagens desse investimento?

Todo investimento tem riscos, e com o minidólar não é diferente. Ele é baseado na taxa de câmbio do dólar, então qualquer mudança econômica no mercado externo pode trazer prejuízos. Para quem é iniciante também existem desvantagens, já que é necessário ter um determinado conhecimento para começar a investir.

Os contratos futuros são mais arriscados porque permitem alavancagem, e pessoas inexperientes acabam gastando mais do que possuem. Logo, é necessário pesquisar e estudar bastante sobre o tema para não cometer equívocos que podem pesar no bolso futuramente.

Você pode aprender cada vez mais sobre minidólar e investimentos similares acessando o nosso conteúdo sobre dólar futuro. Entenda como funcionam essas aplicações, suas vantagens e riscos. Aproveite e veja dicas de como operar com segurança no mercado financeiro!

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